• 23 de outubro de 2018

    A política externa na eleição – Monitor 4: 27/09 a 10/10

    Equipe LABMUNDO, NEAAPE e OPSA

    A quarta quinzena de campanha presidencial foi marcada pela votação de primeiro turno, em 07 de outubro, que resultou em 46% dos votos válidos a Jair Bolsonaro (PSL) e 26% a Fernando Haddad (PT), levando a disputa a um segundo turno. As declarações sobre política externa no período foram relativamente menores do que em momentos anteriores. Cabo Daciolo (PATRIOTA), em debate realizado pela TV Record, criticou a política externa dos governos do PT pelos investimentos feitos na Venezuela, interpretados como “apoio ao comunismo”, e acusou China e Rússia de estarem articulando uma guerra contra os Estados Unidos, o que exigiria um plano adequado de defesa por parte do Brasil1.

    Fernando Haddad (PT) visitou os estados do Rio Grande do Sul, Goiás, Pará, Amazonas, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e São Paulo, e participou de dois debates eleitorais televisivos, transmitidos pelas emissoras de TV Record e Globo. Desta vez, Haddad mencionou com mais frequência e ênfase os temas relacionados à agenda de política externa. Para começar, o candidato petista voltou a defender o legado da administração Lula, afirmando ser este o maior estadista brasileiro e quem mais projetou o Brasil no mundo. Em paralelo, criticou a inépcia do governo Temer para a política externa e disse que o Brasil se encontra hoje “recolhido”, “acanhado”. Em outras ocasiões, Haddad frisou: i) a necessidade de reconquistar o respeito do Brasil no mundo; ii) a importância política e econômica dos BRICS para o Brasil, parceiros com os quais deve-se aprofundar os acordos bilaterais e multilaterais; iii) dados os constrangimentos impostos pelos rearranjos geopolíticos mundiais, o fortalecimento e a aceleração do projeto de integração regional, em especial do MERCOSUL; iv) a maior aproximação e intercâmbio comercial com a Argentina; v) a necessidade de ajustar os termos do acordo MERCOSUL-União Europeia; vi) a oportunidade criada com a eleição do futuro presidente mexicano Manuel Obrador para que o Brasil estreite os laços e amplie os acordos de cooperação comercial com o México; e vii) a antecipação da entrega do SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) para o exército brasileiro em dez anos.

    Entretanto, o assunto de política externa que o candidato petista mais realçou foi o contexto geopolítico sul-americano e o papel de liderança que o Brasil deve exercer na região. Segundo Haddad, a América do Sul – em especial a Venezuela, detentora de uma das maiores reservas petrolíferas no mundo, e o Brasil, com a descoberta do Pré-Sal – passou a ser objeto de cobiça das empresas estadunidenses de petróleo. Por essa razão, o Brasil não pode permitir a instalação de uma base militar estadunidense no subcontinente que tenha por objetivo criar conflito entre dois países vizinhos. Nesse sentido, a tradição da diplomacia brasileira de mediar conflitos e crises regionais deve ser preservada. De igual modo, o Brasil deve exercer liderança na região de modo prudente, com o fito de promover o bem comum e a paz, sem, contudo, transgredir o princípio da soberania e da não ingerência. Sobre a crise política na Venezuela, o candidato petista ponderou não ser papel do Brasil tomar partido de lado algum, nem da oposição nem do governo, e que toda solução do conflito tem que passar pela soberania popular expressa no voto. Cabe ao Brasil, portanto, junto a organismos multilaterais como a OEA e a ONU, ajudar a encontrar soluções por meio da democracia. Em acréscimo, Haddad sublinhou a tradição pacifista do Brasil nas relações com seus vizinhos, preservando mais de 140 anos sem guerra. Como consequência, Haddad prometeu não entrar em atrito nem defender discurso belicoso contra país vizinho algum. Na visão do candidato, tal postura só levaria o Brasil à derrocada. Por fim, Haddad remarcou que a soberania nacional e a soberania popular são duas faces da mesma moeda, “uma não vive sem a outra”, de sorte que o Brasil não consegue ser forte com um povo fraco, sem direitos2.

    O período foi de baixa atividade para Jair Bolsonaro (PSL), que deixou o hospital e ficou de repouso em sua residência. Declarações foram realizadas por meio de posts no Twitter e lives no Facebook. No dia 06 de outubro, na última live antes da eleição do primeiro turno, o candidato prometeu uma política externa sem viés ideológico, conforme exposto em seu plano de governo, buscando evitar parcerias com países como Venezuela e Cuba, e incrementando relações com Israel e Estados Unidos3.4

    João Goulart Filho (PPL) voltou a defender a retomada da Política Externa Independente como maneira de garantir autonomia externa para o desenvolvimento brasileiro, criticando a agenda exterior do governo Temer, que seria de alinhamento automático aos Estados Unidos5. Também afirmou que irá pôr em prática todos os instrumentos legais de proteção a Direitos Humanos e combate à tortura oriundos de tratados internacionais – especialmente ligados ao sistema ONU – que o Brasil tenha subscrito6.

    Por fim, a candidata Vera Lúcia (PSTU) declarou que a ONU “tem sido omissa e conivente com violações dos direitos humanos em todo o mundo exatamente porque foi criada para atender os interesses das grandes potências imperialistas”. Para ela, a ONU tem atuado como um “hipócrita administrador de conflitos que sempre pende para o lado dos poderosos capitalistas”. Assim, a candidata defendeu a necessidade da extinção da ONU como maneira de garantir a defesa dos direitos humanos e o combate à tortura7.

    Não fizeram declarações a respeito de política externa: Álvaro Dias (PODEMOS), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), João Almoedo (NOVO), José Maria Eymael (DC) e Marina Silva (REDE).

    1 ESTADO DE MINAS. Entenda o que é Vostok 2018 citado por Daciolo em debate. 01/10/18. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2018/10/01/interna_politica,993077/saiba-o-que-e-vostok-2018-citada-por-daciolo-em-debate.shtml. Acesso em 02/10/18.

    2 PT. Assista: Fernando Haddad participa de debate na televisão, 30/09/2018. Disponível em: http://www.pt.org.br/assista-fernando-haddad-participa-de-debate-na-televisao/. Acesso em: 18/10/2018. PT. Assista: Entrevista de Fernando Haddad para Rádio Jornal, 03/10/2018. Disponível em: http://www.pt.org.br/assista-entrevista-de-fernando-haddad-para-radio-jornal/. Acesso em: 18/10/2018. PT. Assista: Fernando Haddad concede coletiva de imprensa, 03/10/2018. Disponível em: http://www.pt.org.br/assista-fernando-haddad-concede-coletiva-de-imprensa/. Acesso em: 18/10/2018. PT. Assista: Caminhada da Vitória com Fernando Haddad na Bahia, 06/10/2018. Disponível em: http://www.pt.org.br/assista-caminhada-da-vitoria-com-fernando-haddad-na-bahia/. Acesso em: 18/10/2018. PT. Assista: Haddad concede entrevista para imprensa internacional, 10/10/2018. Disponível em: http://www.pt.org.br/assista-haddad-concede-entrevista-para-imprensa-internacional/. Acesso em: 18/0/2018.

    3 O analista russo Viktor Jeifets aponta ser possível traçar paralelos com Trump, principalmente no quesito de se colocar como um candidato antissistema. Identifica, no entanto, uma distinção séria, em relação à Trump: “as instituições políticas estadunidenses são muito mais sólidas que as brasileiras, e nesse sentido a vitória de Trump foi um terremoto político, sim, mas não necessariamente pôs em risco o sistema democrático dos Estados Unidos”. SPUTNIK NEWS. Bolsonaro é mais perigoso para Brasil que Trump para EUA, assegura especialista. 08/10/2018. Publicado em: https://br.sputniknews.com/analise-eleicoes-2018-brasil/2018100812393541-bolsonaro-haddad-eleicoes-resultado-segundo-turno/. Acesso em 26/09/18.

    4 BOL VÍDEOS. Bolsonaro faz campanha pela internet. 06/10/2018. . Disponível em: https://videos.bol.uol.com.br/video/bolsonaro-faz-campanha-pela-internet-04024E183664D4A96326. Acesso em 26/09/18.

    5 CORREIO LAGEANO. Conheça a opinião dos candidatos à Presidência da República. 04/10/2018. Disponível em: < https://clmais.com.br/conheca-a-opiniao-dos-candidatos-a-presidencia-da-republica/> Acesso em 10/10/2018.

    6 EXTRACLASSE. Presidenciáveis se posicionam sobre direitos humanos. 02/10/2018. Disponível em: <https://www.extraclasse.org.br/exclusivoweb/2018/10/presidenciaveis-se-posicionam-sobre-direitos-humanos/> Acesso em 10/10/2018.

    7 EXTRACLASSE. Presidenciáveis se posicionam sobre direitos humanos. 02/10/2018. Disponível em: <https://www.extraclasse.org.br/exclusivoweb/2018/10/presidenciaveis-se-posicionam-sobre-direitos-humanos/> Acesso em 10/10/2018.

  • 23 de outubro de 2018

    A eleição no mundo – Monitor 4: 27/09 a 10/10

    Equipe LABMUNDO, NEAAPE e OPSA

    Na África do Sul, o jornal Citizen comentou o resultado do primeiro turno das eleições brasileiras e ressaltou o clima polarizado da disputa presidencial. Além disso, a matéria destacou os desafios que cada um dos candidatos, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), terá no segundo turno para garantir a vitória1.

    Na Argentina, a definição da disputa eleitoral entre Bolsonaro e Haddad também foi o principal tema de repercussão na imprensa, destacando-se a ampla vantagem de votos obtida pelo primeiro. Um segundo destaque foi dado aos rumos das candidaturas no segundo turno. Haddad buscaria dialogar com diversos setores da sociedade e costurar alianças com partidos do campo da esquerda com vistas a ampliá-las em direção a partidos do centro. Já Bolsonaro teria se aproximado do mercado financeiro ao anunciar que parte de sua equipe ministerial seria formada principalmente por empresários e banqueiros caso seja eleito2.

    Na Bolívia, o jornal El Deber noticiou os protestos ocorridos em diversas cidades brasileiras, no dia 29 de setembro, contra Bolsonaro, descrito como “um ato liderado por mulheres sem vinculação a nenhum partido específico”3 e convocado contra o avanço do machismo, da misoginia, do racismo e da homofobia4. No jornal também constaram notícias relacionadas à autorização de Sérgio Moro à publicização das acusações contra Lula na delação de Antônio Palocci5 e sobre a derrota de Dilma nas eleições para o Senado por Minas Gerais6. Sobre o primeiro turno, constaram nas notícias a saída de Bolsonaro do hospital após receber alta7, o crescimento da rejeição a Haddad8, as acusações de Bolsonaro de que o PT teria comandado “o maior esquema de corrupção do mundo”9, as críticas de Bolsonaro às visitas que Haddad faz a Curitiba para consultar Lula10 e a crescente polarização política no país11. Sobre a eleição do dia 7, El Deber publicou um texto explicando por que a maior democracia da América Latina vivia seu momento mais delicado, com referências à “nostalgia” de Bolsonaro com relação à ditadura militar12, algumas notícias relatando mais denúncias de mais de 600 crimes eleitorais durante o dia13, alguns conflitos com comunidades indígenas no Mato Grosso14, além de constar um perfil de Bolsonaro como “Trump brasileiro”15 e de Haddad como aquele que tem “a missão de ser o Lula em dobro”16. Após noticiar os resultados do primeiro turno17, o jornal divulgou o que chamou de “tsunami político” causado pelo acelerado crescimento de Bolsonaro e as manifestações de Haddad na busca por uma coalizão para enfrentar seu adversário18. El Deber mencionou, também, as denúncias de diversos casos de violência política durante a campanha, com destaque para o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê, na Bahia19, e como, nos últimos dias, o tom de ambos candidatos se elevou, com Bolsonaro falando no risco que uma eleição de Haddad traria de o Brasil virar a Venezuela, enquanto o petista coloca o candidato do PSL como uma ameaça à democracia20. Também repercutiu no jornal a declaração da candidata a deputada federal Carla Zambelli, do PSL, demonstrando preocupação com a democracia na Bolívia e ajudando a convocar para os atos contra o governo de Evo Morales deste mês21 e as manifestações de Sebastián Piñera, presidente chileno, saudando Bolsonaro22. Por fim, o jornal relembrou uma polêmica entrevista que a atriz estadunidense Ellen Page fez com Bolsonaro em 2016, na qual o candidato emitiu declarações homofóbicas23, e destacou como o candidato está tentando buscar votos da comunidade LGBT apesar de sua postura homofóbica, machista e racista24.

    A mídia do Chile noticiou amplamente as eleições, em especial o resultado do primeiro turno. Houve destaque também para o protesto anti-Bolsonaro realizado no dia 29 de setembro, que resultou na maior mobilização de mulheres na história do Brasil. Com o slogan “Ele Não”, o movimento teria mostrado a insatisfação feminina com as declarações machistas e as propostas de desvalorização da força de trabalho da mulher. No dia 8 de outubro, ganharam destaque declarações polêmicas do passado de Bolsonaro, que foi caracterizado de “nostálgico da ditadura militar”, racista e misógino. Segundo analistas chilenos, seus altos níveis de rejeição podem ser decisivos no segundo turno das eleições, embora ressaltem que, em meio à dura polarização que o Brasil vive, a mesma circunstância tende a ocorrer com Haddad. Em 10 de outubro, a mídia destacou as declarações do presidente Sebastián Piñera, quem, a respeito de Bolsonaro, comentou que sentiu “orgulho legítimo porque Bolsonaro falou em seguir o modelo chileno e usar a transparência na luta contra a corrupção”25.

    Na China, muitas matérias foram publicadas sobre as eleições brasileiras, antecipando principalmente as expectativas para o primeiro turno. Diversas publicações lançaram matérias sobre resultados de pesquisas eleitorais para presidente26, além de cobrirem o dia do pleito27 e os resultados do primeiro turno, inclusive para o Legislativo28. Ainda houve matérias que destacaram a saída de Bolsonaro do hospital29, o pedido do presidente Michel Temer para maior tolerância durante as eleições30 e as declarações dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso que ressaltaram a importância do pleito de 201831.

    Na Colômbia, o El Tiempo, principal jornal em circulação, fez uma ampla cobertura da eleição. Noticiou a manifestação liderada pelas mulheres, em 29 de setembro, contra Bolsonaro32; o fracasso de Haddad em herdar todas as intenções de voto de Lula33; o envio inédito de uma missão de observação de eleição da OEA a um país da América do Sul34; o resultado do primeiro turno35; uma entrevista feita com Haddad quando era prefeito de São Paulo, em 2015, sobre sua biografia e a gestão que fazia na cidade36; um conjunto de declarações de Bolsonaro em favor de tortura, estupro, racismo, homofobia, pena de morte e suspeição da eleição caso não a vença37; o apoio dado a ele por igrejas evangélicas38; e sua declaração recente de que a Amazônia deve ser explorada em aliança com outros países39. Além de notícias, publicou três análises: Sara Tufano explicou a falta de apoio de Bolsonaro entre mulheres40; Enrique Santos Molano afirmou que a democracia corre risco no Brasil com Bolsonaro, que classifica como um político de extrema-direita ancorado em fanatismo religioso e fuzis41; e, em editorial, o jornal afirmou que o candidato extremista soube capitalizar os sentimentos de descontentamento e frustração da população com as crises política e econômica do país, de modo semelhante ao ocorrido em outras partes do mundo nos últimos anos42. Por fim, o El Tiempo publicou uma charge em que Bolsonaro aparece dizendo: “Não é possível que estejam me comparando com Trump… Quando me pareço mais com Rodrigo Duterte”43.

    A mídia do Equador acompanhou atentamente o desenrolar dos últimos momentos do primeiro turno das eleições brasileiras, noticiando o crescimento de Bolsonaro, sobretudo após o atentado sofrido, bem como o de Haddad, que beneficiou-se com a transferência de parte das intenções de voto do ex-presidente Lula. Segundo a imprensa equatoriana, 958 brasileiros residentes no Equador foram às urnas no primeiro turno44. Também houve cobertura das manifestações ocorridas em diversas cidades no Brasil, protagonizadas por movimentos de mulheres, contra a candidatura de Bolsonaro. Os jornais destacaram a polarização existente entre ambas as candidaturas, no tocante ao direcionamento ideológico de seus programas de governo: enquanto Haddad defenderia um programa progressista no campo social e intervencionista na esfera econômica, Bolsonaro defenderia medidas conservadores no que tange aos costumes e ultraliberal no domínio econômico45. Também houve destaque ao alto índice de rejeição a ambos os candidatos46, à alta fragmentação partidária ocorrida no Congresso após o primeiro turno, à perda de espaço de políticos “tradicionais” comparativamente a novas figuras políticas47 e ao crescimento da presença de militares no Congresso, que duplicou devido ao “efeito Bolsonaro”48. Por conta de sua retórica polêmica e agressiva, Bolsonaro foi comparado a Trump, recebendo a alcunha de “Trump brasileiro”49. O jornal ainda noticiou o baixo desempenho eleitoral da ex-presidenta Dilma Rousseff50. Por fim, houve repercussão da crítica feita pelo cantor Roger Waters a Bolsonaro, que o chamou de fascista durante show em São Paulo no dia 9 de outubro51.

    Na Espanha, o jornal El País fez uma extensa cobertura da última semana antes do primeiro turno, seus resultados e o início do segundo turno. Grande parte das matérias girou em torno de Bolsonaro, a quem o periódico adota uma posição bastante crítica. Apresenta-o como uma ameaça de ultra-direita52 e destaca: seu crescimento nas pesquisas a poucos dias do primeiro turno53; o apoio recebido dos evangélicos54; o perfil e as motivações de seu eleitorado55; como sua campanha é amplamente baseada em uma máquina de fake news56 e o papel do Whatsapp em disseminá-las57; o apoio que recebe do mercado através de sinais da Bolsa de Valores58 e a resposta positiva do mercado ao resultado do primeiro turno59; sua ausência no último debate antes do primeiro turno e a entrevista concedida paralelamente em outro canal de televisão60; a preferência que tem de uma elite brasileira que opta por um candidato do tipo “macho alfa”61; a larga vitória que logrou alcançar no primeiro turno62 e como isso dá força para o avanço da ultra-direita no mundo63; seu aceno ao centro com a moderação do discurso64; e as lições tiradas da postura autoritária e anti-establishment que impulsionou sua candidatura65.Outras matérias publicadas sobre as eleições foram sobre: o proeminente papel dos setores militares nesta eleição66; a crise econômica que o Brasil vive antes da chegada do novo presidente67; uma análise do resultado das eleições e da evolução do voto no estados nas cinco últimas votações68; o perfil fraturado do Congresso eleito69; a necessidade de Haddad se voltar para o centro70 e seu respaldo entre o eleitorado mais pobre do Nordeste71; as manifestações organizadas por mulheres contra Bolsonaro72, a abrangência dessa oposição na internet73 e a importância dessas mobilizações para o movimento feminista74; uma coluna do jornalista argentino Carlos Pagni, que defende que essa é a eleição em que se enfrentam “rechaços” e não projetos de governo75; uma entrevista com o jornalista brasileiro Ricardo Boechat em que este afirma que o Brasil não está à beira do colapso e que a tensão da campanha será superada no próximo ano76; outra entrevista com a historiadora brasileira Lilia Schwarcz, em que ela analisa o “fenômeno Bolsonaro” e a necessidade dos brasileiros reconciliarem-se com sua própria história77; uma coluna de Juan Jesús Aznarez, jornalista do periódico, sobre Bolsonaro tratar-se de uma solução “liberticida”, significando o retorno das perseguições políticas da ditadura78; uma coluna da jornalista brasileira Eliane Brum sobre “como resistir em tempos brutos”79; e uma carta aberta do sociológico espanhol Manuel Castells “aos intelectuais do mundo” contra Bolsonaro80. Por fim, publicou um editorial que trata a disputa no segundo turno não como uma disputa entre partidos, mas uma escolha entre democracia ou não81.

    Na Índia, o jornal indiano Times of India publicou, em 8 de outubro, os resultados do primeiro turno e fez apontamentos de como será o segundo. A notícia afirma que a eleição foi bastante polarizada e marcada por peculiaridades, como o impedimento de Lula e o atentado contra Bolsonaro. A matéria destaca também a vitória parlamentar do Partido Social Liberal, de Bolsonaro, e o uso habilidoso das redes sociais, mesmo com poucos recursos financeiros e alianças políticas tradicionais. De outra parte, relata que a candidatura de Haddad agora se coloca como defensora da democracia diante das propostas de Bolsonaro e de sua defesa da ditadura militar. O texto também traz a análise de que ambos os candidatos precisarão mover-se ao centro do espectro político para conquistar a maioria dos votos82.

    O resultado do primeiro turno foi um dos principais temas destacados pela mídia no México. O foco incidiu sobre o perfil e as propostas de Bolsonaro e o que a sua eventual eleição pode representar para o Brasil e os demais países da região. No editorial do jornal El Universal, assinado por Ciro Murayama, afirma-se que o Brasil está entrando em um “beco escuro” e que o triunfo do candidato do PSL expressa um amplo respaldo a quem faz da anti-política seu atrativo, tece elogios à ditadura e se destaca por sua misoginia, homofobia e racismo. Em outro trecho, Murayama argumenta que o sentimento antidemocrático no Brasil se manifesta em um ódio irracional que se apodera inclusive daqueles que são vítimas potenciais da exclusão e ultraje do candidato em que votam. Murayama encerra seu texto asseverando que o “voto no Bolsonaro é alerta de um tusnami”. Em outro editorial do mesmo jornal, dessa vez com a assinatura de Javier Tejado Dondé, alerta-se para as lições que podem ser apreendidas pelo partido mexicano de esquerda MORENA com as eleições presidenciais brasileiras, sobretudo no que diz respeito ao uso bem sucedido das redes sociais e demais meios não tradicionais de comunicação na campanha eleitoral.83

    No início do período, o jornal La Nación, do Paraguai, assinalou o crescimento do Bolsonaro nas pesquisas eleitorais e destacou as manifestações populares contra ele84. O jornal reportou os resultados do primeiro turno e o perfil dos dois candidatos ganhadores, dando destaque às declarações polêmicas de Bolsonaro sobre as armas, a oposição, as mulheres e outros temas. Sobre Haddad, o jornal sublinhou que ele precisa se aproximar do centro para ter chances de ganhar85. La Nación publicou ainda uma reportagem sobre a importância das eleições no Brasil para o Paraguai na visão de analistas do país, que divergem sobre se a relação bilateral ficaria mais complicada ou não com a vitória de Bolsonaro86. Por fim, o jornal replicou uma análise na qual o candidato do PSL é comparado a Trump, pois ambos representariam um rechaço popular ao establishment; teriam uma retórica polêmica e, por vezes, agressiva; seriam acusados de serem misóginos, racistas e inimigos da imprensa tradicional; e saberiam aproveitar bem as redes sociais para se comunicar87.

    Em editorial no El Comercio, jornal do Peru, Gisela López Lenci avaliou que o descontentamento popular com a corrupção no sistema político brasileiro, os problemas de segurança pública e as taxas de desemprego produziram um eleitorado explosivo e radical que canalizou sua frustração votando em um candidato admirador da ditadura militar e contrário a LGBTs, população negra e mulheres. Porém, segundo a analista, foi a ausência de Lula na disputa eleitoral que permitiu a ascensão de Bolsonaro nas intenções de voto. Em outro editorial, de autoria da própria redação do jornal, o El Comercio apontou para os riscos que a Amazônia corre com a eventual eleição de Bolsonaro, dadas as suas propostas polêmicas para o meio ambiente, como a diminuição das multas aos agricultores brasileiros que violem as leis ambientais bem como a junção dos Ministérios de Agricultura e Meio Ambiente em um só ministério. Por fim, o estilo pessoal e as táticas de campanha de Bolsonaro foram equiparados com Trump, apesar de ambos os políticos terem trajetórias de vida totalmente distintas.88

    Em Portugal, teve grande repercussão no jornal Diário de Notícias o resultado do primeiro turno. O jornal português citou a força eleitoral de Bolsonaro nas redes sociais, especialmente no WhatsApp, e destacou o sucesso de candidatos ao governo estadual e ao senado que vincularam suas candidaturas ao do presidenciável do PSL na reta final da campanha89. Além disso, o jornal divulgou uma notícia sobre hackers russos que tentariam interferir nas eleições do Brasil, segundo a empresa de cibersegurança FireEye, que costuma trabalhar em conjunto com o governo dos Estados Unidos contra ameaças externas ao país norte-americano90.

    A cobertura da imprensa da Rússia girou em torno do resultado do primeiro turno e da liderança obtida por Bolsonaro e Haddad91. O jornal Russia Today fez uma matéria destacando as similaridades entre Bolsonaro e Trump, classificando o capitão da reserva como um “Trump dos Trópicos”92. Noticiou ainda o crescimento vertiginoso do candidato ao governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC/RJ), beneficiado pelo apoio de Bolsonaro93.

    No Uruguai, houve destaque à vantagem obtida por Bolsonaro sobre Haddad no primeiro turno e a uma primeira pesquisa eleitoral divulgada pela revista Veja, que mostrou uma diferença de oito pontos entre os candidatos. Além disso, noticiou-se que a eleição provocou uma renovação do Congresso, que se tornou mais fragmentado que o atual. Por fim, a imprensa ressaltou a repercussão que o resultado do primeiro turno teve no Uruguai. Para a vice-presidenta Lucia Topolansky, o resultado foi “quase uma desgraça”. Ela disse que “há uma tendência conservadora na região, quase um retorno à ditadura”. A ministra do Turismo, Liliam Kechichian, afirmou que a vitória de Bolsonaro no primeiro turno significa “o pior disfarçado de antissistema” e que há “três semanas para defender a democracia e a liberdade”. O ministro de Relações Exteriores, Rodolfo Nin Novoa, disse esperar que as pesquisas de intenção de voto estejam erradas. Já o ex-presidente José Mujica falou que uma vitória de Bolsonaro é perigosa para a região e para o Brasil. Por fim, o Partido Socialista uruguaio emitiu uma nota em que expressou sua “profunda preocupação com a situação alarmante do Brasil” e assinalou que “o espaço político para o diálogo e o entendimento tem sido restringido por uma atmosfera de intolerância, ódio e ameaças”.94

    Na Venezuela, o jornal El Nacional noticiou o segundo turno entre Bolsonaro e Haddad. No dia 9 de outubro, uma matéria intitulada ¿Qué impacto tendría en Latinoamérica el triunfo de Jair Bolsonaro?95 trouxe interpretações de estudiosos sobre o significado de uma vitória de Bolsonaro, tida como mais provável. O impacto apontado seria o de maior isolamento da Venezuela de Nicolás Maduro, reforçado pelo governo direitista de Iván Duque, na Colômbia. O texto também elenca o tumultuado tabuleiro geopolítico do continente latino-americano e a dificuldade de se encontrar um padrão para o futuro da região, visto que no México ocorre a ascensão da esquerda, enquanto a direita governa uma série de outros países, embora já apresente sérios sinais de desgaste na Argentina, onde o governo Macri enfrenta uma crise econômica.

    Não houve repercussão da eleição na Guiana e no Suriname.

    2 CLARÍN. Balotaje en Brasil: según un sondeo Bolsonaro obtendría el 58% de votos válidos y Haddad el 42%, 10/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/balotaje-brasil-sondeo-da-58-votos-validos-bolsonaro-42-haddad_0_9ntXT5bbi.html. CLARÍN. El candidato ultraderechista Bolsonaro revela parte de su gabinete y ya se muestra como el nuevo presidente de Brasil, 09/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/bolsonaro-revela-parte-gabinete-muestra-nuevo-presidente-brasil_0_Eo7rgO5ze.html. CLARÍN. Brasil: Fernando Haddad se muestra optmista pero su alianza com otros partidos es estrecha, 10/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/brasil-fernando-haddad-muestra-optimista-alianza-partidos-estrecha_0_h2M9kil6d.html. CLARÍN. Bolsonaro y Haddad buscan armar alianzas y definen sus planes para el balotaje, 08/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/bolsonaro-haddad-buscan-armar-alianzas-definen-planes-balotaje_0_rrFpSSo3F.html. CLARÍN. Jair Bolsonaro arrasa en Brasil y queda con amplia ventaja para el balotaje con Fernando Haddad, 07/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/jair-bolsonaro-arrasa-brasil-queda-amplia-ventaja-balotaje-fernando-haddad_0_2qnsqt2TS.html.

    3 EL DEBER. Brasil: mujeres van contra el candidato Jair Bolsonaro. Publicado em: 27/9/2018. Acesso em: outubro/ 2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Brasil-mujeres-van-contra-el-candidato-Jair-Bolsonaro-20180926-9629.html.
    4 EL DEBER. Protesta masiva #EleNao recorre Brasil contra Bolsonaro. Publicado em: 29/9/2018. Acesso em: outubro / 2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Protesta-masiva-EleNao-recorre-Brasil-contra-Bolsonaro-20180929-0044.html.
    5 EL DEBER. Juez Moro autoriza difusión de acusaciones de exministro contra Lula. Publicado em: 1/10/2018. Acesso em: outubro 2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Autorizan-difusion-de-acusaciones-contra-Lula-20181001-9608.html.
    6 EL DEBER. La expresidenta Dilma Rousseff pierde la elección para el Senado brasileño. Publicado em: 7/10/2018. Acesso em: outubro / 2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/La-expresidenta-Dilma-Rousseff-pierde-la-eleccion-para-el-Senado-brasileno–20181007-9500.html.
    7 EL DEBER. Candidato ultraderechista Bolsonaro sale del hospital en Brasil. Publicado em: 29/9/2018. Acesso em: outubro / 2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Candidato-ultraderechista-Bolsonaro-sale-del-hospital-en-Brasil–20180929-0020.html.
    8 EL DEBER. Elecciones en Brasil: el rechazo a Haddad sube y Bolsonaro crece. Publicado em: 2/10/2018. Acesso em: outubro / 2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Elecciones-en-Brasil-el-rechazo-a-Haddad-sube-y-Bolsonaro-crece-20181002-8566.html.
    9 EL DEBER. Bolsonaro acusa a Lula de implantar “el mayor programa de corrupción del mundo”. Publicado em: 4/10/2018. Acesso em: outubro / 2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Acusan-a-Lula-de-implantar-mayor-corrupcion-en-Brasil—20181004-9057.html.
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    82 TIMES OF INDIA. Far right, ex-military officer wins Brazil vote, faces leftist in runoff. Publicado: 08/10/2018. Visto em: 11/10/2018. Disponível em: <https://timesofindia.indiatimes.com/world/rest-of-world/far-right-ex-military-officer-wins-brazil-vote-faces-leftist-in-runoff/articleshow/66118941.cms>.
    83 EL UNIVERSAL. Bolsonaro y Haddad van a segunda vuelta em Brasil, según conteo oficial, 07/10/2018. Disponível em: https://www.eluniversal.com.mx/mundo/bolsonaro-y-haddad-van-segunda-vuelta-en-brasil-segun-conteo-oficial. Acesso em: 18/10/2018. EL UNIVERSAL. Brasil: El triunfo de la antipolítica, 09/10/2018. Disponível em: https://www.eluniversal.com.mx/articulo/ciro-murayama/mundo/brasil-el-triunfo-de-la-antipolitica. Acesso em: 18/10/2018. EL UNIVERSAL. La samba electoral de Brasil es lección para Morena, 09/10/2018. Disponível em: https://www.eluniversal.com.mx/columna/javier-tejado-donde/cartera/la-samba-electoral-de-brasil-es-leccion-para-morena. Acesso em: 18/10/2018.
    84 LA NACIÓN. Bolsonaro crece en sondeo en Brasil. 02/10/2018. Disponível em: https://www.lanacion.com.py/mundo/2018/10/02/bolsonaro-crece-en-sondeo-en-brasil/. Acesso em: 19/10/2018. LA NACIÓN. Bolsonaro amplía su ventaja sobre Haddad en Brasil. 05/10/2018. Disponível em: https://www.lanacion.com.py/mundo/2018/10/05/bolsonaro-amplia-su-ventaja-sobre-haddad-en-brasil/. Acesso em: 19/10/2018.
    85 LA NACIÓN. Brasil en segunda vuelta Bolsonaro vs. Haddad. 08/10/2018. Disponível em: https://www.lanacion.com.py/mundo/2018/10/08/brasil-en-segunda-vuelta-bolsonaro-vs-haddad/. Acesso em: 19/10/2018.
    86 LA NACIÓN. El Paraguay y las elecciones del Brasil. 09/10/2018. Disponível em: https://www.lanacion.com.py/editorial/2018/10/09/el-paraguay-y-las-elecciones-del-brasil/. Acesso em: 19/10/2018.
    87 LA NACIÓN. Jair Bolsonaro, ¿el Trump de Brasil?, 09/10/2018, Disponível em: https://www.lanacion.com.py/mundo/2018/10/09/jair-bolsonaro-el-trump-de-brasil/. Acesso em: 19/10/2018.
    88 EL COMERCIO. Elecciones en Brasil: un país dividido ante su destino [ANÁLISIS], 07/10/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/elecciones-brasil-pais-dividido-destino-analisis-noticia-565197. Acesso em: 18/10/2018. EL COMERCIO. Elecciones en Brasil: Las tácticas que asemejan a Jair Bolsonaro y Donald Trump, 07/10/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/elecciones/elecciones-brasil-tacticas-asemejan-jair-bolsonaro-donald-trump-noticia-565621. Acesso em: 18/10/2018. EL COMERCIO. Bolsonaro gana las elecciones en Brasil pero irá a segunda vuelta con Haddad, 08/10/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/actualidad/elecciones-brasil-jair-bolsonaro-gana-ira-segunda-vuelta-fernando-haddad-vivo-noticia-565198. Acesso em: 18/10/2018. EL COMERCIO. Cómo hizo Bolsonaro para capitalizar la furia contra los corruptos y la criminalidad, 09/10/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/elecciones-brasil-hizo-jair-bolsonaro-capitalizar-furia-corruptos-brasil-noticia-565928. Acesso em: 18/10/2018. EL COMERCIO. El Amazonas, en riesgo en un eventual gobierno de Bolsonaro en Brasil, 10/10/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/actualidad/jair-bolsonaro-amazonas-riesgo-eventual-gobierno-ultraderechista-brasil-noticia-566328. Acesso em: 18/10/2018.
    89 DIÁRIO DE NOTÍCIAS. Vencedores, vencidos e assim assim da eleição do Brasil. Publicado em 08/10/2018. Acesso em 18/10/2018. Disponível em: https://www.dn.pt/mundo/interior/vencedores-vencidos-e-assim-assim-da-eleicao-do-brasil-9965836.html
    90 DIÁRIO DE NOTÍCIAS. Hackers russos tentam interferir nas eleições do Brasil, diz empresa de cibersegurança. Publicado em 05/10/2018. Acesso em 18/10/2018. Disponível em: https://www.dn.pt/mundo/interior/hackers-russos-tentam-interferir-nas-eleicoes-do-brasil-diz-empresa-de-ciberseguranca-9958393.html
    91 RUSSIA TODAY. Brazil’s right-wing Bolsonaro narrowly misses first round win in presidential. Election. https://www.rt.com/news/440620-brazil-elections-second-round/Publicado em 07/10/2018. Acesso em 15/10/2018. RUSSIA TODAY. Brazil’s Bolsonaro less than percentage point away from securing presidency – first results.https://www.rt.com/newsline/440617-brazil-presidential-election-results/Publicado em 07/10/2018. Acesso em 15/10/2018. RUSSIA TODAY. Polls open for tight elections in Brazil. Disponível em https://www.rt.com/newsline/440594-polls-open-brazil-elections/. Publicado em 07/10/2018. Acesso em 15/10/2018.
    92 RUSSIA TODAY. Trump of the Tropics: RT takes a look at Brazil’s top presidential candidate (VIDEO). https://www.rt.com/news/440502-brazil-politician-trump-similarities/. Publicado em 06/10/2018. Acesso em 15/10/2018.
    93 RUSSIA TODAY. ‘Brazilian Trump’s ally set to win Rio governorship – exit polls. Disponível em: https://www.rt.com/newsline/440614-brazil-elections-exit-polls/. Publicado em 07/10/2018. Acesso em 15/10/2018.
    94 EL PAÍS. Bolsonaro sería el próximo presidente de Brasil con un 54% de los votos, según encuesta, 10/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/mundo/bolsonaro-seria-proximo-presidente-brasil-votos-encuesta.html~. EL PAÍS. Bolsonaro a un paso en Brasil, 08/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/mundo/bolsonaro-paso-brasil-elecciones.html. EL PAÍS. El vendaval Bolsonaro provoca una renovación en el Congreso, 09/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/mundo/vendaval-bolsonaro-provoca-renovacion-congreso.html. EL PAÍS. Preocupación local por el resultado electoral en Brasil, 09/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/informacion/politica/preocupacion-local-resultado-electoral-brasil.html. EL PAÍS. Las reacciones en el gobierno uruguayo por Brasil: “Lo peor disfrazado de antisistema”, 08/10/2018. Acesso em: 11/10/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/informacion/politica/reacciones-gobierno-uruguayo-brasil-peor-disfrazado-antisistema.html.
    95 EL NACIONAL. ¿Qué impacto tendría en Latinoamérica el triunfo de Jair Bolsonaro?. Publicado em 09/10/2018. Acesso em 11/10/2018. Disponível em: http://www.el-nacional.com/noticias/gda/que-impacto-tendria-latinoamerica-triunfo-jair-bolsonaro_254997.
  • 17 de outubro de 2018

    Conjuntura Latitude Sul 09/2018

    Está no ar a nova edição do Conjuntura Latitude Sul!

    O Conjuntura Latitude Sul é uma publicação mensal voltada ao acompanhamento das notícias relacionadas aos temas de pesquisa dos grupos que integram a plataforma LATITUDE SUL (GRISUL, LABMUNDO, NEAAPE, OPSA).

    Esta edição do Conjuntura Latitude Sul é referente ao mês de setembro de 2018. Confira!

    Conjuntura Latitude Sul – Setembro/2018

  • 10 de outubro de 2018

    A política externa na eleição – Monitor 3: 13/09 a 26/09

    Equipe LABMUNDO, NEAAPE e OPSA

    Na terceira quinzena da corrida presidencial, Álvaro Dias (PODEMOS) voltou a fazer críticas à política externa dos governos do PT. No debate promovido por SBT, Folha de S. Paulo e UOL, em 26 de setembro, Dias se dirigiu a Henrique Meirelles, presidente do Banco Central entre 2003 e 2010, e afirmou que ele, como funcionário no governo de Lula, havia contribuído para alimentar “ditaduras corruptas e sanguinárias” com dinheiro brasileiro repassado pelo BNDES por meio de empréstimos e financiamentos1.

    Em entrevista ao Jornal da Globo, Ciro Gomes (PDT), ao comentar sobre o a Embraer, disse que a empresa lida com uma questão sensível “sob o ponto de vista da defesa, da segurança nacional, da engenharia brasileira, é um de dois lugares onde o Brasil ainda tem alguma potencialidade tecnológica, o petróleo, a Petrobras, e a Embraer”. Referindo-se às negociações de compra da Embraer pela Boeing, Ciro adotou um tom crítico: “dois produtos extraordinários foram desenvolvidos, estão na hora de renderem bilhões de dólares para o Brasil, e nós estamos permitindo – se isso se consumar, eu vou desfazer – que a Boeing feche a Embraer, que na verdade é o que ela pretende fazer: o KC-390, que é um supercargueiro, e o caça gripen, que houve uma raríssima – inédita na história do capitalismo – transferência para o Brasil de todo o pacote tecnológico, de maneira que isso não rompe contratos nem desfuncionaliza absolutamente nada da seriedade com que o Brasil deve continuar tratando suas relações internacionais”. 2

    A campanha do candidato petista, Fernando Haddad (PT), foi bastante agitada: além do périplo pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Minas Gerais, Recife e Pernambuco, Haddad enfrentou três sabatinas e participou de dois debates eleitorais organizados pela mídia. Não obstante a agenda movimentada, o tema da política externa foi pouco mencionado. A decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU em defesa dos direitos políticos de Lula foi lembrada com freqüência. O tom nacionalista foi reforçado com a proposta de fortalecimento da soberania e controle nacionais sobre as riquezas do país. Nesse diapasão, Haddad criticou a venda ao estrangeiro da Embraer, feita por um governo ilegítimo, sem consulta e diálogo com a sociedade e o Congresso. Dada a importância estratégica da empresa, o candidato petista prometeu reverter sua venda, caso haja meios jurídicos para tanto. Quando questionado sobre o emprego do Exército na segurança pública, Haddad asseverou que este não constitui o papel das Forças Armadas, que devem ser empregadas na defesa do território nacional e não como força policial. Por fim, referindo-se à onda de imigrantes venezuelanos ao Brasil, o candidato petista propugnou que nosso país deve manter a tradição de acolhimento de imigrantes e de preservação da paz.3

    Geraldo Alckmin (PSDB) praticamente não tratou da política externa. Entretanto, a propaganda eleitoral do candidato fez diversas relações entre a polarização na disputa presidencial entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), afirmando que ambos gerariam um “risco de o Brasil se tornar uma Venezuela”4. Por fim, Alckmin afirmou, em 17 de setembro, durante coletiva de imprensa a agências internacionais e correspondentes estrangeiros na sede do PSDB, em Brasília, que era contra uma intervenção militar na Venezuela, mas defendeu que o Brasil abrisse novos canais de diálogo a fim de tentar ajudar a resolver a crise na nação vizinha5.

    Em entrevista à revista Exame, Guilherme Boulos (PSOL) reafirmou que um governo seu seria a favor do acolhimento de venezuelanos, através seja da concessão de refúgio, seja do provimento de trabalho. Baseando-se na Lei de Migração de 2017, afirmou que não se pode tratar o imigrante como uma ameaça à segurança nacional. Quanto à crise no país, Boulos novamente disse que o Brasil deve defender o respeito à soberania venezuelana6. Sobre a disputa comercial em andamento entre Estados Unidos e China, defendeu que o Brasil deve se posicionar protegendo sua soberania e a independência da sua política externa, sem qualquer tipo de subordinação a nenhum dos dois países. Por fim, voltou a enfatizar a importância da cooperação Sul-Sul para as relações externas brasileiras7.

    Jair Bolsonaro (PSL) continuou em internação hospitalar no período. Tendo feito apenas algumas transmissões ao vivo na internet e concedido uma entrevista à Jovem Pan, em nenhum momento fez menção a temas de política externa. Já o vice-presidente na sua chapa, General Hamilton Mourão, deu declarações pertinentes. Em um discurso feito no dia 17 de setembro, na sede do Secovi (Sindicato da Habitação), em São Paulo, Mourão criticou a política externa dos governos do PT, quando o país teria adotado a “diplomacia que foi chamada de Sul-Sul”. Classificou como “mulambada” os principais países que foram parceiros da cooperação com o Brasil, visto que essas relações não teriam resultado em nada e que, segundo ele, só teriam gerado dívidas. Argumentou ainda que a diplomacia que deve priorizar acordos bilaterais com os “grandes mercados, aqueles países que têm importância dentro do conselho das nações”.8

    Em entrevista ao G1 e à CBN9, João Goulart Filho (PPL) voltou a se opor ao uso das Forças Armadas na segurança pública. Na mesma oportunidade, disse que, se eleito, não limitaria a entrada de venezuelanos no Brasil; garantiu que não daria um calote na dívida externa; e defendeu medidas de proteção da indústria nacional, com mudanças nas tarifas alfandegárias para dificultar a importação de produtos que possam ser fabricados no país, especialmente por empresas brasileiras. De maneira geral, o candidato tem priorizado pautas internas, especialmente trabalhistas e da retomada da agenda de reformas de seu falecido pai.

    No dia 22, a revista Exame publicou uma entrevista com Marina Silva (REDE) sobre assuntos de política externa10. Na temática sobre a migração de venezuelanos para o Brasil, Marina afirmou que o país deve manter a tradição de país aberto a pessoas de todos os lugares e de solidariedade internacional; que a Venezuela vive hoje uma tragédia econômica, política e humanitária; e que o Brasil foi cúmplice da crise porque os governos anteriores apoiavam o chavismo. Marina pontuou que países com populações menores, como Colômbia, Equador, Peru e Chile, têm recebido mais refugiados que o Brasil e que acolher pessoas de outras culturas geralmente é positivo para a nação receptora no médio e longo prazo. A candidata também afirmou que a América Latina deve ser prioridade central na política externa brasileira e que os objetivos da integração com o subcontinente, como a prosperidade comercial, a democracia e os direitos humanos, devem ser resgatados. A respeito das negociações entre o Mercosul e a União Europeia, Marina declarou que, com um Mercosul livre de barreiras internas e modernizado, as negociações com a UE devem ser concluídas. Sobre os BRICS, afirmou que a política externa deve seguir promovendo a participação em esquemas plurilaterais de concertação e enfatizou a importância de mecanismos próprios de financiamento ao desenvolvimento. Ao ser questionada sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos e seus impactos sobre o Brasil, Marina respondeu que as relações com a China devem ser prioritárias pela magnitude das cifras e dos desafios, que o Brasil deve se atentar à pauta de exportação para substituir as indústrias de baixo custo por indústrias intensivas em conhecimento e para que os investimentos chineses sirvam para parceria, utilização de insumos locais, criação de capacidade de pesquisa e desenvolvimento e contratação de mão de obra brasileira. Por fim, ao responder sobre a importância do multilateralismo, Marina afirmou que o protagonismo brasileiro deve ser na atuação em organismos multilaterais, ao mesmo tempo em que busque a expansão de mercado para nossos bens e serviços em arranjos bilaterais.11

    Também em entrevista à revista Exame12, a candidata Vera Lúcia (PSTU) novamente adotou uma postura de solidariedade aos refugiados venezuelanos e de defesa da derrubada de Nicolás Maduro, assim como contra a direita que lhe faz oposição. Defendeu a instauração de um governo dos trabalhadores naquele país. Da mesma forma, reivindicou a aproximação e a integração da classe trabalhadora na América Latina, o que serviria como uma forma de se contrapor o Mercosul, que, à semelhança da União Europeia, seria um bloco a serviço do capital e das multinacionais – qualificação que também estendeu ao BRICS. A candidata pautou um desejo de rompimento com a ordem neoliberal internacional timoneada pelos EUA, substituindo-a pelo internacionalismo com base na solidariedade e na cooperação entre as classes trabalhadoras – e não mais entre governos.

    Não se pronunciaram sobre política externa: Cabo Daciolo (PATRIOTA), Henrique Meirelles (MDB), João Almoedo (NOVO) e José Maria Eymael (DC).

    1 FOLHA DE SAO PAULO. Eleições 2018: Vice-líder nas pesquisas, Haddad vira alvo de rivais em debate. 26/09/2018. Disponível em: https://aovivo.folha.uol.com.br/2018/09/26/5521-aovivo.shtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=twfolha. Acesso em: 26/09/2018.

    2 GLOBO. Ciro Gomes (PDT) é entrevistado no Jornal da Globo, 17/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/7025310/.

    3 GAZETA DO POVO. Debate TV Aparecida com candidatos a presidente: acompanhe em Tempo Real, 18/09/2018. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/debate-tv-aparecida-com-candidatos-a-presidente-acompanhe-em-tempo-real-8nzg710qo7i0cqlvtefvhqch0. Acesso em: 30/09/2018. PT. Assista: Haddad e Manu fazem caminhada por Vitória da Conquista, 15/09/2018. Disponível em: http://www.pt.org.br/assista-haddad-e-manu-fazem-caminhada-por-vitoria-da-conquista/. Acesso em: 30/09/2018. PT. Assista: Fernando Haddad participa de ato em Florianópolis, 18/09/2018. Disponível em: http://www.pt.org.br/__trashed-62/. Acesso em: 30/09/2018. PT. Assista: Fernando Haddad participa de sabatina na rádio CBN, 18/09/2018. Disponível em: http://www.pt.org.br/assista-fernando-haddad-participa-de-sabatina-na-radio-cbn/. Acesso em: 30/09/2018. PT. Assista: Haddad visita Centro de Monitoramento de Desastres, 20/09/2018. Disponível em: http://www.pt.org.br/assista-haddad-visita-centro-de-monitoramento-de-desastres/. Acesso em: 30/09/2018.

    4 O GLOBO. Após Alckmin, Bolsonaro usa ‘risco Venezuela’ em vídeo de campanha. Publicado em 30/09/2018. Acesso em 07/10/2018. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/apos-alckmin-bolsonaro-usa-risco-venezuela-em-video-de-campanha-23093572

    5 O GLOBO. Alckmin afirma ser contra intervenção militar na Venezuela, mas defende novos canais de diálogo. Publicado em 17/09/2018. Acesso em 07/10/2018. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/alckmin-afirma-ser-contra-intervencao-militar-na-venezuela-mas-defende-novos-canais-de-dialogo,ef4ec0ef01658d56505369f40cd64d12jhzbpv84.html

    6 EXAME. O que os candidatos… 26/09/2018. Disponível em <https://exame.abril.com.br/mundo/o-que-os-candidatos-a-presidencia-pensam-sobre-a-crise-na-venezuela/>. Acesso em 26/09/2018.

    7 EXAME. Como os candidatos… 25/09/2018. Disponível em <https://exame.abril.com.br/mundo/como-os-candidatos-a-presidencia-vao-agir-na-guerra-comercial-eua-x-china/>. Acesso em 26/09/2018.

    8 UOL. 17/09/2018. Vice de Bolsonaro, Mourão chama países emergentes de “mulambada”. https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/09/17/mourao-vice-de-bolsonaro-chama-aliados-do-brasil-de-mulambada.htm. Acesso: 26/09/2019. CORREIO DA AMAZÔNIA. General Mourão chama países africanos de “mulambada”. https://correiodaamazonia.com/general-mourao-chama-paises-africanos-de-mulambada/ Acesso: 26/09/2019

    9 G1. G1 e CBN entrevistam João Goulart Filho. 14/09/2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/ao-vivo/entrevista-joao-goulart-filho-g1-cbn.ghtml> Acesso em: 25/09/2018.

    10 EXAME. Eleições 2018: o que pensa Marina Silva sobre política externa. Publicado em: 22/9/2018. Acesso em: 26/9/2018. Disponível em: https://exame.abril.com.br/mundo/eleicoes-2018-o-que-pensa-marina-silva-sobre-politica-externa/.

    11 Vale mencionar ainda que, no dia 24 de setembro, o juiz Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara Federal, concedeu liminar que anula a concessão de patente do fármaco Sofosbuvir, da empresa estadunidense Gilead Sciences, que faz parte do tratamento contra a hepatite C. A ação foi de iniciativa de Marina Silva e ia contra a decisão do Instituto Nacional da Propriedade Industrial que impedia a fabricação do genérico no Brasil. MARINA SILVA (site oficial). Justiça atende pedido de Marina… Publicado em: 24/9/2018. Acesso em: 26/9/2018. Disponível em: https://marinasilva.org.br/justica-atende-pedido-de-marina-e-eduardo-e-concede-liminar-que-quebra-patente-de-remedio-contra-hepatite-c/.

    12 EXAME. Eleições 2018: o que pensa Vera Lúcia sobre política externa. 24/09/2018. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/mundo/eleicoes-2018-o-que-pensa-vera-lucia-sobre-politica-externa/> Acesso em 25/09/2018.

  • 10 de outubro de 2018

    A eleição no mundo – Monitor 3: 13/09 a 26/09

    Equipe LABMUNDO, NEAAPE e OPSA

    Na Argentina, a disputa eleitoral consolidada em torno das candidaturas de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad foi o principal assunto das últimas duas semanas. A permanência de Bolsonaro como líder das pesquisas eleitorais e o forte crescimento de Haddad, aproximando-se de Bolsonaro, recebeu destaque. Outro ponto abordado foram as dificuldades enfrentadas por Bolsonaro, como o movimento das mulheres contra sua candidatura, apesar do grande apoio recebido por evangélicos. Por fim, houve repercussão da primeira entrevista concedida por Bolsonaro no Brasil após ter sofrido o atentado no início de setembro.1

    Na Bolívia, o jornal El Deber noticiou a saudação de Evo Morales, presidente do país, à candidatura de Haddad, a quem o jornal denominou “candidato de última hora”2. No dia 16 de setembro, Bolsonaro foi chamado de “Donald Trump sul-americano”, ultradireitista saudosista da ditadura militar, e “defensor de armas”3. Alguns dias antes, constou no jornal uma notícia sobre uma nova cirurgia à qual havia sido submetido4. No dia 17, veiculou uma declaração de Celso Amorim, ex-chanceler e ex-ministro da Defesa dos governos PT, em que afirma que a democracia brasileira corre perigo, que se Bolsonaro assumisse a administração brasileira teríamos um governo autoritário e violento e que Lula hoje não representa somente uma pessoa, mas um projeto5. No dia seguinte, o jornal noticiou que o Brasil se polarizou entre Haddad e Bolsonaro6 e, no dia 22, afirmou que Haddad e Ciro disputam os votos da esquerda “palmo a palmo”, além de ter chamado Ciro de “caudilho do Ceará” e de ter publicado uma breve biografia da sua vida pública7. Outras temáticas também estiveram presentes, como o crescimento da oposição de mulheres contra Bolsonaro e o movimento #EleNão, em uma reportagem em que as principais razões das manifestações femininas foram explicadas8. Por fim, o jornal veiculou que existe hoje no Brasil um debate sobre o nazismo ser de direita ou de esquerda e a recente publicação de um vídeo da embaixada alemã explicando as origens e o espectro político do nazismo.

    No dia 20 de setembro, a mídia do Chile destacou a iniciativa do Facebook de criar uma equipe para monitorar a possibilidade de interferência em eleições no Brasil. O diretor de eleições e compromisso cívico do Facebook, Samidh Chakrabarti, explicou que “apagou ou bloqueou” 1,3 bilhão de contas falsas no Facebook de outubro de 2017 a março de 2018. O número significaria mais da metade do total de usuários da rede. “A inteligência artificial nos permite bloquear milhões de contas todos os dias”, declarou. No dia 26 de setembro de 2018, também foi destacado o crescimento do apoio da comunidade evangélica a Bolsonaro. A reportagem apontou que o candidato do PSL atrai os votos principalmente devido à rejeição do casamento homossexual e do aborto.9

    Na Colômbia, o jornal de maior circulação, El Tiempo, publicou duas notícias sobre Bolsonaro: uma sobre a melhora no seu estado de saúde, inclusive compartilhando um vídeo gravado pelo candidato no hospital e divulgado no seu Twitter, e outra sobre suas propostas para a economia, destacando a redução de impostos, de regulações e de burocracia. Também repercutiu os resultados de uma pesquisa do DataFolha que indicou incerteza sobre os rumos da corrida presidencial diante de uma subida na rejeição de Bolsonaro e na intenção de votos de Haddad. O jornal também publicou uma coluna escrita pelo cientista político Luiz Felipe D’Ávila, ligado ao PSDB, que afirma que Bolsonaro e Lula são duas lideranças populistas que dominam a eleição e manipulam as emoções do público, ao passo que Alckmin é descrito como um reformista modernizante.10

    A mídia do Equador seguiu cobrindo o estado de saúde de Bolsonaro e a sua consequente melhora, mas salientou que o quadro clínico ainda o deixará fora da campanha no primeiro turno11. A imprensa também repercutiu a entrevista dada por Bolsonaro, ainda convalescente, destacando o apoio que ele deu à pena de morte12. Também repercutiu uma pesquisa do Datafolha, que apontou um crescimento vertiginoso de Haddad, consolidando sua provável posição no segundo turno13. Os jornais também noticiaram a situação política dos ex-presidentes Lula e Dilma. Quanto a Lula, a notícia fez menção ao pedido de vista feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, na apelação feita pela defesa do ex-presidente no processo pelo qual foi condenado14. Sobre Dilma, foi noticiada a autorização de sua candidatura ao Senado Federal, pelo estado de Minas Gerais. Após uma série de pedidos de impugnação, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) decidiu, por quatro votos a três, garantir o direito da ex-mandatária ao pleito15.

    O principal periódico da Espanha, o El País, segue dando grande atenção às “eleições presidenciais mais turbulentas” do Brasil16. Nesse sentido, o jornal lançou um editorial no dia 25 sobre as eleições e o voto brasileiro, em que afirma que o populismo instalou um discurso político destrutivo no país, concretizado na polarização principal entre PT e Bolsonaro17. O tema do populismo e da polarização política, aliás, apareceu mais de uma vez no periódico nas duas últimas semanas18. O jornal pontuou o silêncio dos eleitores jovens e a falta de representatividade que estes percebem nos líderes políticos19; o aumento do fanatismo religioso em decorrência da facada em Bolsonaro20; e as medidas que o escritório central do Facebook tem tomado para evitar interferências nas eleições brasileiras21. Trouxe também uma entrevista de Celso Amorim sobre a corrida presidencial22. Por fim, duas matérias ressaltaram os desafios e o crescimento da candidatura23 de Haddad, “herdeiro acidental de Lula”24.

    Tiveram destaque nos jornais do México e do Peru os seguintes pontos: i) o processo de recuperação médica do candidato Jair Bolsonaro; ii) o respaldo de Bolsonaro à pena de morte e suas promessas de privatização de boa parte das empresas estatais brasileiras; iii) a manifestação de artistas brasileiros contra a candidatura de Bolsonaro; iv) a promessa da Haddad de não conceder indulto ao ex-presidente Lula até que a justiça brasileira reconheça sua inocência; v) os desafios de Haddad para substituir a carisma e liderança de Lula; e vi) a evolução das pesquisas de intenção de voto, que mostram a ascensão do candidato petista. Em coluna no jornal El Universal, o professor mexicano Alberto Aziz Nassif (CIESAS) afirmou que o fenômeno da anti-política chegou ao Brasil e que o país se encontra em uma encruzilhada entre, por um lado, seguir com o corte de direitos e recursos para as maiorias populares, e, por outro lado, regressas a tutela dos direitos humanos e à igualdade.25

    O jornal La Nación, do Paraguai, informou sobre a confirmação da candidatura de Haddad à presidência26. Também destacou que os últimos resultados das pesquisas favorecem Haddad, particularmente pelo Ibope, segundo o qual no segundo turno Haddad venceria Bolsonaro com 43% dos votos contra 37%. Por fim, reportou um manifesto contra Bolsonaro feito por intelectuais, artistas, esportistas e empresários devido à ameaça que ele representaria à democracia brasileira27.

    Em Portugal, teve grande repercussão no jornal Diário de Notícias a afirmação de Bolsonaro de que ele duvida da transparência do sistema eleitoral brasileiro. O candidato também lamentou que o Supremo Tribunal Federal tenha derrubado a possibilidade de que as urnas fossem auditadas através do voto impresso 28. Igualmente, reclamou do crescimento Haddad nas pesquisas eleitorais por não representar o que ele sentia nas ruas. Afirmou que o povo estaria do lado de sua candidatura e que não seria possível aceitar uma fraude como resultado29.

    No Uruguai, o grande destaque foi a polarização da disputa eleitoral entre Bolsonaro e Haddad. As principais notícias referem-se ao crescimento de Haddad nas pesquisas e à manutenção de Bolsonaro na liderança, que conta com forte apoio dos evangélicos. Outra notícia destacou a cautela do mercado financeiro diante do quadro eleitoral, já que há receio tanto com o radicalismo de Bolsonaro quanto com a falta de experiência de Haddad.30

    Na Venezuela, em 18 de setembro, o jornal El Nacional noticiou a declaração de Bolsonaro acerca da possibilidade de fraude eleitoral no pleito presidencial caso houvesse vitória de Haddad31. No dia 25, o jornal também publicou uma coluna assinada pelo jornalista Carlos Alberto Montamer e intitulada “América Latina y el nuevo ciclo populista”. O texto faz referência ao contexto regional, levantando a possibilidade de retorno do peronismo ao poder na Argentina, assim como da vitória de candidatos extremistas no Brasil, que lideram as pesquisas. Segundo o autor, Haddad é um professor universitário muy radical” que poderia iniciar um governo populista de esquerda, enquanto Bolsonaro, saudoso da ditadura militar, traria ao país um populismo de direita. O texto refere-se também a outros líderes criticados por autoritarismo que se mantêm no poder na América Latina e afirma que López Obrador, o novo presidente mexicano, venceu as eleições legitimamente, mas que não se espera dele um governo prudente32.

    Não foram encontradas menções à eleição em África do Sul, China, Índia e Rússia.

    1 CLARÍN. Elecciones en Brasil: desde el hospital, Jair Bolsonaro avaló otra vez la pena de muerte y dijo que nunca promovió el odio, 25/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/elecciones-brasil-hospital-jair-bolsonaro-avalo-vez-pena-muerte-dijo-promovio-odio_0_RoXmpm5xZ.html. CLARÍN. Elecciones en Brasil: el tono “paz y amor” de Fernando Haddad y el plan de Jair Bolsonaro contra las protestas, 26/08/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/elecciones-brasil-tono-paz-amor-fernando-haddad-plan-jair-bolsonaro-protestas_0_A2M1Mu9AM.html. CLARÍN. “Dios por encima de todos”: los evangelistas que apoyan a Jair Bolsonaro, 25/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/dios-encima-evangelistas-apoyan-jair-bolsonaro_0_hES1OM_D4.html. CLARÍN. Brasil: Haddad crece en las encuestas, Bolsonaro se estanca y intenta hacerle frente al rechazo feminino, 24/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/brasil-haddad-crece-encuesta-bolsonaro-intenta-hacerle-frente-rechazo-femenino_0_7c9fX795w.html. CLARÍN. Elecciones en Brasil: Bolsonaro y Haddad se consolidan como favoritos, 20/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/elecciones-brasil-bolsonaro-haddad-consolidan-favoritos_0_DJY_aufvf.html. CLARÍN. Se aclara el panorama electoral en Brasil: Jair Bolsonaro y Fernando Haddad se consolidan en primero y segundo lugar, 17/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/aclara-panorama-electoral-brasil-jair-bolsonaro-fernando-haddad-consolidan-primero-segundo-lugar_0_rJwwsBpum.html.
    2 EL DEBER. Evo saluda designación de Haddad como candidato y resalta “desprendimento” de Lula. Publicado em: 12/9/2018. Acesso em: 17/9/2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Evo-saluda-designacion-de-Haddad-como-candidato-20180912-0004.html.
    3 EL DEBER. Jair Bolsonaro el Trump sudamericano que sacude a Brasil. Publicado em: 16/9/2018. Acesso em: 18/9/2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Jair-Bolsonaro-el-Trump-sudamericano-que-sacude-a-Brasil-20180915-0036.html.
    4 EL DEBER. Someten a Bolsonaro, candidato a la presidencia de Brasil, a una cirurgia. Publicado em: 12/9/2018. Acesso em: 17/9/2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Elecciones-Bolsonaro-es-sometido-a-otra-cirugia-20180912-0083.html.
    5 EL DEBER. Celso Amorim: “La democracia brasileña corre peligro, ya fue afectada”. Publicado em: 17/9/2018. Acesso em: 18/9/2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Celso-Amorim-quotLa-democracia-brasilena-corre-peligro-ya-fue-afectadaquot–20180917-9555.html.
    6 EL DEBER. Brasil se polariza entre Bolsonaro y Haddad. Publicado em: 18/9/2018. Acesso em: 18/9/2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Brasil-se-polariza-entre-Bolsonaro-y-Haddad-20180917-9586.html.
    7 EL DEBER. Haddad y Ciro disputan el voto de la izquierda palmo a palmo. Publicado em: 22/9/2018. Acesso em: 23/9/2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/mundo/Haddad-y-Ciro-Gomes-disputan-el-voto-de-la-izquierda-palmo-a-palmo-20180921-7534.html.
    8EL DEBER. Jair Bolsonaro: por qué las mujeres le están diciendo #EleNão (Él No) al candidato de ultraderecha a la presidencia en Brasil. Publicado em: 20/9/2018. Acesso em: 24/9/2018. Disponível em: https://www.eldeber.com.bo/bbc/Jair-Bolsonaro-por-que-las-mujeres-le-estan-diciendo-EleNo-El-No-al-candidato-de-ultraderecha-a-la-presidencia-en-Brasil-20180920-13581.html.
    9 ADN RADIO. 20/09/2018. Facebook crea equipo para vigilar injerencia en elecciones de Brasil y EEUU. http://www.adnradio.cl/noticias/internacional/facebook-crea-equipo-para-vigilar-injerencia-en-elecciones-de-brasil-y-eeuu/20180920/nota/3801902.aspx. Acesso: 26/09/2018. EL PINGÜINO. 26/09/2018. Evangélicos de Brasil se cuadran con Bolsonaro de cara a las elecciones. https://elpinguino.com/noticia/2018/09/26/evangelicos-de-brasil-se-cuadran-con-bolsonaro-de-cara-a-las-elecciones. Acesso: 26/09/2018.
    10 EL TIEMPO. El candidato brasileño Bolsonaro sale de cuidados intensivos. 16/09/18. Disponível em: https://www.eltiempo.com/mundo/latinoamerica/bolsonaro-sale-de-cuidados-intensivos-269198. Acesso em 26/09/18. EL TIEMPO. Bolsonaro reafirma su campaña en el mercado brasileño. 19/09/18. Disponível em: https://www.eltiempo.com/mundo/latinoamerica/el-ultraderechista-bolsonaro-refuerza-sus-mensajes-de-agrado-al-mercado-270446. Acesso em 26/09/18. D’AVILA, Luiz Felipe. La tentación populista de Brasil en época de elecciones. El Tiempo, 15/09/18. Disponível em: https://www.eltiempo.com/mundo/latinoamerica/la-tentacion-populista-de-brasil-269016. Acesso em 26/09/18. EL TIEMPO. Los dos golpes que voltearon la carrera por la presidencia en Brasil. 15/09/18. Disponível em: https://www.eltiempo.com/mundo/latinoamerica/el-panorama-de-la-carrera-por-la-presidencia-en-brasil-269014. Acesso em 26/09/18.
    11 EL COMERCIO. Candidato a presidencia de Brasil Jair Bolsonaro, sometido a drenaje intestinal. https://www.elcomercio.com/actualidad/candidato-presidencia-jairbolsonaro-drenajeintestinal-apunalamiento.html . Publicado em 20/09/2018. Acesso em 26/09/2018. EL COMERCIO. Bolsonaro mejora pero ve imposible volver a campaña antes de las elecciones. https://www.elcomercio.com/actualidad/bolsonaro-brasil-candidato-elecciones.html . Publicado em 22/09/2018. Acesso em 26/09/2018.
    13 EL COMERCIO. Sondeo confirma polarización en Brasil entre ultraderechista y sucesor Lula. https://www.elcomercio.com/actualidad/sondeo-polarizacion-brasil-ultraderechista-elecciones.html . Publicado em 20/09/2018. Acesso em 26/09/2018.
    14 EL COMERCIO. Juez de Supremo pide más tiempo para analizar recurso sobre libertad de Lula. https://www.elcomercio.com/actualidad/juez-supremo-recurso-lula.html . Publicado em 14/09/2018. Acesso em 26/09/2018.
    15 EL COMERCIO. Aprueban candidatura a Senado de Dilma Rousseff en cerrada votación. https://www.elcomercio.com/actualidad/aprobacion-candidatura-senado-dilmarousseff-votacion.html . Publicado em 17/09/2018. Acesso em 17/09/2018.
    16 EL PAÍS. Las presidenciales más turbulentas de Brasil. 23/09/2018. Disponível em: <https://elpais.com/internacional/2018/09/20/america/1537463674_814812.html> Acesso em 25/09/2018.
    17 EL PAÍS. El voto brasileño. 25/09/2018. Disponível em: <https://elpais.com/elpais/2018/09/24/opinion/1537810061_271517.html> Acesso em: 26/09/2018
    18 EL PAÍS. El rápido regreso del temido populismo. 20/09/2018. Disponível em: <https://elpais.com/internacional/2018/09/20/argentina/1537396595_029444.html> Acesso em: 26/09/2018.
    19 EL PAÍS. El triste silencio de los 50 millones de jóvenes brasileños. 17/09/2018. Disponível em: <https://elpais.com/internacional/2018/09/17/america/1537221313_009511.html> Acesso em 25/09/2018.
    20 EL PAÍS. Crece el clima de fanatismo religioso en torno al atentado de Bolsonaro. 24/09/2018. Disponível em: <https://elpais.com/internacional/2018/09/25/actualidad/1537836344_067269.html> Acesso em: 26/09/2018.
    21 EL PAÍS. Facebook anuncia su mayor esfuerzo estratégico desde el paso de ordenador a móvil. 20/09/2018. Disponível em: <https://elpais.com/tecnologia/2018/09/19/actualidad/1537385431_090791.html> Acesso em: 26/09/2018.
    22 EL PAÍS. “El pueblo brasileño debe despertar ante el peligro que supone Bolsonaro”. 18/09/2018. Disponível em: <https://elpais.com/internacional/2018/09/18/actualidad/1537290700_130265.html> Acesso em: 26/09/2018.
    23 EL PAÍS. El sucesor de Lula despega en las encuestas. 20/09/2018. Disponível em: <https://elpais.com/internacional/2018/09/18/actualidad/1537290700_130265.html> Acesso em: 26/09/2018.
    24 EL PAÍS. Haddad, el heredero accidental de Lula que tendrá que aprender a hablar a los pobres de Brasil. 13/09/2018. Disponível em: <https://elpais.com/internacional/2018/09/10/actualidad/1536603104_581100.html> Acesso em: 26/09/2018.
    25 EL COMERCIO. Fernando Haddad y el difícil reto de reemplazar a Lula, 13/09/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/brasil-fernando-haddad-dificil-reto-reemplazar-lula-da-silva-noticia-556857. Acesso em: 30/09/2018. EL COMERCIO. Jair Bolsonaro retorna a cuidados intensivos tras nueva operación, 13/09/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/brasil-jair-bolsonaro-retorna-cuidados-intensivos-nueva-operacion-noticia-556998. Acesso em: 30/09/2018. EL COMERCIO. Brasil: Bolsonaro muestra “buena evolución clínica” y sale de cuidados intensivos, 16/09/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/brasil-jair-bolsonaro-muestra-buena-evolucion-clinica-sale-cuidados-intensivos-noticia-558307. Acesso em: 30/09/2018. EL COMERCIO. Brasil: Haddad se dispara y alcanza el segundo lugar en preferencia de voto, 17/09/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/brasil-haddad-dispara-alcanza-segundo-lugar-preferencia-voto-noticia-558732, Acesso em: 30/09/2018. EL COEMRCIO. Brasil: Haddad no indultará a Lula si gana las elecciones presidenciales, 18/09/2018. Disponivel em: https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/brasil-fernando-haddad-niega-posible-indulto-lula-da-silva-gana-presidenciales-noticia-nndc-558944. Acesso em: 30/09/2018; EL COMERCIO. Bolsonaro promete privatizar “gran parte” de las empresas estatales de Brasil, 23/09/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/jair-bolsonaro-promete-privatizar-gran-parte-empresas-estatales-brasil-noticia-560696. Acesso em: 30/09/2018. EL COMERCIO. Brasil: Jair Bolsonaro respalda la pena de muerte y niega promover mensajes de ódio, 24/09/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/brasil-jair-bolsonaro-respalda-pena-muerte-niega-promover-mensajes-odio-noticia-561148. Acesso em: 30/09/2018. EL COMERCIO. Brasil: Haddad sigue creciendo y derrotaría a Bolsonaro en segunda vuelta, 24/09/2018. Disponível em: https://elcomercio.pe/mundo/elecciones/brasil-haddad-sigue-creciendo-derrotaria-bolsonaro-segunda-vuelta-noticia-nndc-561149. Acesso em: 30/09/2018. EL UNIVERSAL. Brasil en la encrucijada, 18/09/2018. Disponível em: http://www.eluniversal.com.mx/articulo/alberto-aziz-nassif/nacion/brasil-en-la-encrucijada. Acesso em: 30/09/2018. EL UNIVERSAL. Bolsonaro y Haddad encabezan encuestas, 18/09/2018. Disponível em: http://www.eluniversal.com.mx/mundo/bolsonaro-y-haddad-encabezan-encuestas. Acesso em: 30/09/2018. EL UNIVERSAL. Nunca me he sentido tan bien, dice candidato de Brasil apuñalado. Disponível em: http://www.eluniversal.com.mx/mundo/nunca-me-he-sentido-tan-bien-dice-candidato-presidencial-de-brasil-apunalado. Acesso em: 30/09/2018. EL UNIVERSAL. Candidato presidencial apuñalado en Brasil sali de cuidados intensivos, 22/09/2018. Disponível em: http://www.eluniversal.com.mx/mundo/candidato-presidencial-apunalado-en-brasil-sale-de-cuidados-intensivos. Acesso em: 30/09/2018. EL UNIVERSAL. Bolsonaro privatizará empresas estatales, 24/09/2018. Disponível em: http://www.eluniversal.com.mx/mundo/bolsonaro-privatizara-empresas-estatales. Acesso em: 30/09/2018. EL UNIVERSAL. Artistas juntan firmas contra ultraderecha em Brasil, 25/09/2018. Disponível em: http://www.eluniversal.com.mx/mundo/artistas-juntan-firmas-contra-la-ultraderecha-en-brasil. Acesso em: 30/09/2018.
    26 LA NACIÓN. Lula ungirá a Haddad como candidato a las presidenciales en Brasil. 11/09/2018. Disponível em: https://www.lanacion.com.py/mundo/2018/09/11/lula-ungira-a-haddad-como-candidato-a-las-presidenciales-en-brasil/. Acesso em: 26/09/2018.
    27 LA NACIÓN. Rechazan candidatura del ultraderechista Bolsonaro. 25/09/2018. Disponível em: https://www.lanacion.com.py/mundo_edicion_impresa/2018/09/25/rechazan-candidatura-del-ultraderechista-bolsonaro/. Acesso em: 26/09/2018.
    28 DIÁRIO DE NOTÍCIAS. “ Brasil/Eleições: Bolsonaro desconfia do sistema eleitoral e da subida do PT nas sondagens. Publicado em 07/10/2018. Acesso em 18/09/2018. Disponível em: https://www.dn.pt/lusa/interior/brasileleicoes-bolsonaro-desconfia-do-sistema-eleitoral-e-da-subida-do-pt-nas-sondagens-9928165.html
    29 DIÁRIO DE NOTÍCIAS. “ Brasil/Eleições: Bolsonaro desconfia do sistema eleitoral e da subida do PT nas sondagens. Publicado em 07/10/2018. Acesso em 18/09/2018. Disponível em: https://www.dn.pt/lusa/interior/brasileleicoes-bolsonaro-desconfia-do-sistema-eleitoral-e-da-subida-do-pt-nas-sondagens-9928165.html
    30 EL PAÍS. El candidato de Lula se acerca a Bolsonaro y ganaría en el balotaje, 26/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/mundo/candidato-lula-acerca-bolsonaro-ganaria-balotaje.html. EL PAÍS. “Dios por encima de todos”, los evangélicos que apoyan a Bolsonaro en Brasil, 25/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/mundo/dios-todos-evangelicos-apoyan-bolsonaro-brasil.html. EL PAÍS. Brasil: cautela en inversiones por incertidumbre electoral, 23/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/mundo/brasil-cautela-inversores-incertidumbre-electoral.html. EL PAÍS. Encuesta reafirma a los favoritos en Brasil, 21/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/mundo/encuesta-reafirma-favoritos-brasil.html. EL PAÍS. Brasil polarizado a días de las elecciones: Bolsonaro o Haddad, 20/09/2018. Acesso em: 26/09/2018. Disponível em: https://www.elpais.com.uy/mundo/brasil-polarizado-dias-elecciones-bolsonaro-haddad.html

    31EL NACIONAL. Bolsonaro advierte un fraude electoral en Brasil. Publicado em 18/09/2018. Acesso em 26/09/2018. Disponível em: http://www.el-nacional.com/noticias/mundo/bolsonaro-advierte-fraude-electoral-brasil_252180.

    32EL NACIONAL. América Latina y el nuevo ciclo populista. Publicado em 25/09/2018. Acesso em 26/09/2018. Disponível em http://www.el-nacional.com/noticias/columnista/america-latina-nuevo-ciclo-populista_253005.

  • 3 de outubro de 2018

    Evento: Uma Segura Migração , Ordenada e Regular?

    No dia 08/10/2018, as 16h, o Grisul organiza o evento “Uma Segura Migração , Ordenada e Regular? A configuração securitária das políticas de controle das migrações e as fronteiras na América do Sul”, com participação de Eduardo Domenech. O evento será na Escola de Ciência Política da UNIRIO, que fica na rua Voluntários da Pátria, 107 – Botafogo, Rio de Janeiro.